domingo, 23 de janeiro de 2011

Onde comprar seu livro eletrônico:

Atualmente, mesmo no Brasil, existem muitas opções onde se pode comprar os famosos ebooks. Listamos aqui algumas das opções mais acessíveis:

Amazon: Na Amazon você vai encontrar mais de 200 mil livros e 85 jornais e revistas disponíveis para clientes internacionais. E as revistas e jornais serão vendidos avulsos ou por assinatura. No entanto, a maior parte do conteúdo está em inglês, e todas as compras serão feitas em dólares.
Submarinoo Submarino agora oferece livros em formato digital (e-books) em parceria com a Gato Sabido, possui um extenso catálogo de títulos em formato aberto, que podem ser lidos na maioria dos leitores digitais. 
Livraria Saraiva: A venda é feita por um software baseado no Adobe Digital Editions, que recebeu um tapa no visual e ganhou o nome de Saraiva Digital Reader.
Livraria Cultura Os livros são vendidos no formato ePub e no formato PDF eBooks, que dá licença para o livro ser acessado em até seis dispositivos de leitura, desde que sejam acessados via Adobe ID

Impostos e o preço dos leitores digitais no Brasil

O avanço da tecnologia e a chegada dos livros eletrônicos possibilitam mais comodidade e e mais ferramentas para os leitores atuais. Porém o alto custo dessa tecnologia inviabiliza a chegada desses mecanismos ao lar da maioria dos brasileiros.
Foi aí que e
m São Paulo, a Justiça Federal obrigou o governo a abrir mão de impostos na importação do leitor eletrônico de livros. via 
Assista no vídeo, do Via Legal, depoimentos de pessoas que já utilizam essa nova tecnologia.

sábado, 22 de janeiro de 2011

O livro em papel vai acabar?


  Diante de todas as especulações sobre o fim do livro impresso, o blog decidiu fazer um post sobre o assunto usando a literatura especializada como base.
Bellei (2002) ao analisar o pensamento de Birkets afirma que o possível desaparecimento do livro envolveria não apenas a mudança do suporte, mas toda uma despersonalização do ser humano como ser pensante, e o tornaria totalmente dependente da parafernália eletrônica.
Segundo Paulino (2009)
Marshall McLuhan afirmou que o fim do livro ocorreria na década de 80, do século passado. Entretanto, o livro impresso, apoiado na grande indústria do papel, continua a existir e movimentar grandes montantes em vendas anuais no mundo inteiro. Ele tem um público fiel que possivelmente vai resistir e existir concomitantemente ao acesso eletrônico.Esse temor remete ao medo que surgiu com a chegada do cinema e da televisão nas artes. E apesar de tudo, todos resistiram e coexistem na sociedade.

De acordo com Paulino (2009) O livro impresso se sente ameaçado pelo livro eletrônico, porém pode-se perceber que apesar do surgimento do ebook, o fim do livro impresso está distante de ocorrer. O que ocorre é uma volta às origens, a busca pelo belo que denominava os exemplares antigos. O livro está sendo visto como objeto de arte. Dessa forma ele está garantido como algo digno de apreciação e reconhecimento.
Segundo Chatier (1998) o livro eletrônico não anulará o livro impresso o que existirá é uma coexistência entre as duas formas do livro e os três modos de inscrição e de comunicação de textos: o manuscrito, o impresso e o eletrônico.
Ainda segundo Chatier (1998)“O texto eletrônico promete a universal disponibilidade de todos os textos escritos, de todos os livros publicados, assim agora ele poderá dar vida ao sonho de Alexadria. E também o leitor poderá contribuir e escrever no próprio livro, portanto, na biblioteca sem muro da escrita eletrônica”

Como o livro eletrônico incide no Direito Autoral


Hoje em dia existem muitas dúvidas a respeito de como o direito autoral influência na disseminação do livro eletrônico. Pensando nisso o post de hoje vai tratar dessa polêmica.
Segundo Pereira, Pimentel, Mehlan (2003, p.1) “direito autoral é o direito que o criador de uma obra intelectual (pessoa física) tem de gozar dos benefícios morais e econômicos (patrimoniais) resultantes da reprodução de sua criação.”
O livro eletrônico traz a tona uma discussão ainda mais forte sobre os direitos do autor. Pois com a obra disponível em rede, como é possível controlar sua autoria. Segundo Blattmann e Rados (2001) As tecnologias digitais trouxeram varias mudanças que precisam ser analisadas de acordo com os aspectos legais e profissionais das diferentes áreas do conhecimento. Questões sobre direitos autorais e copyright e concessão de licenças para o uso de materiais digitais na educação presencial e a distância precisam ser esclarecidas. E é importante a ressaltar mesmo quando digitalizadas, as obras intelectuais não perdem sua proteção, então não podem ser utilizadas sem prévia autorização.
Conforme a Lei nº 9.610, de 1998, denominada Lei de Direito Autoral - LDA, em seu artigo 12, a proteção do direito autoral é determinada simplesmente pela identificação do autor da obra, através do nome civil, completo ou abreviado, ou pseudônimo, ou qualquer outro sinal convencional. A autoria pode ser comprovada por qualquer meio de prova, inclusive por registro, não sendo este obrigatório (art. 18). Desta forma, a publicação de uma obra apresenta-se como forma de garantia da proteção dos direitos autorais. (Pereira, Pimentel, Mehlan 2003, p.1)

Como consequência ao meio informático e a digitalização conhecemos agora um fenômeno denominado desmaterialização das criações intelectuais. Os suportes convencionais de informação (impressos, magnéticos, foto-sensíveis, etc.) perderam muito de sua importância para os suportes digitais. Fato que exige uma revisão dos antigos conceitos e princípios do direito autoral para se determinar se era necessária uma mudança legislativa e até que ponto ela seria alterada. Então, além de abranger a obra em suporte tangível, o direito passou a se preocupar com a fixação em suporte intangível, conforme dispõe o artigo 7º da Lei nº 9.610/98, a Lei Brasileira de Direitos Autorais. (CRUZ; SCHWARTZ, 2003)

O leitor digital


Com tanta informação sobre os leitores digitais o blog resolveu ter um primeiro post para conceituá-lo e esclarecer possíveis dúvidas. Sintam-se a vontade para perguntar nos comentários!
Um ebook reader devices é, de acordo com Lourenço (2004):
Um aparelho portátil, com tela plana de cristal líquido, com tamanho e formato semelhantes aos de uma brochura, o que permite que seja transportado com facilidade. Além de livros, em geral os e-book reader devices também permitem a leitura de revistas, jornais e outros documentos eletrônicos e apresentam funções de multimídia.

O ebook reader devices pode em alguns modelos armazenar até oito mil páginas, algo equivalente a 25 obras, em sua memória. Ele representa avanços em relação aos equipamentos já existentes (notebooks, palmtops, laptops, etc),e dentre as suas vantagens estão a possibilita anotações e destaques no texto; é portátil; funciona, por um longo tempo, através do uso de baterias; tem o formato próximo ao do livro; é leve; A leitura é adequada, feita na horizontal; amplia o tamanho de letra; permite ajustar intensidade da luz no aparelho; e apresenta base giratória de leitura, usada para textos especiais como os jornais ou revistas que podem ser lidos na horizontal. (VELASCO, 2010)
No entanto, ainda de acordo com Velasco (2010) o leitor digital traz alguns problemas como: a “pirataria”, que inibe o mercado de novos títulos em formato eletrônico. O fato de, em alguns modelos, a tecnologia utilizada nos displays do leitor digital gerar leitura exaustiva e inadequada em caso de livros densos. Mas o principal problema dessa tecnologia é a resistência dos leitores, pois o livro eletrônico associado ao leitor portátil de livro pretende alterar o hábito milenar e cultural da leitura em papel.





Conceituando o livro eletrônico


Como o principal objetivo do blog é tratar do livro eletrônico, nada melhor do que começar descrevendo-o.
O conceito de livro eletrônico, em inglês e-book, “é uma coleção estruturada de bits que pode ser transportada em CD e outros meios de armazenamento e ainda distribuída pela rede.” (EARP; KORNIS apud VELOSO, 2010, p. 7).
         De acordo com Gama Ramíres (apud Velasco e Oddone, 2007, p. 3)
O livro eletrônico se refere a uma publicação digital não periódica, quer dizer, que se completa em um único volume ou em um número predeterminado de volumes e que pode conter textos, gráficos, imagens estáticas e em movimento, assim como sons. Também se nota que é uma obra expressa em várias mídias (multimídia: textos, sons e imagens) armazenadas em um sistema de computação. Em suma, o livro eletrônico se explica como uma coleção estruturada de bits que pode ser transportada e visualizada em diferentes dispositivos de computação”

Sobre o surgimento do livro eletrônico Lourenço (2004) afirma que se considerarmos e-books apenas os livros criados para suportes específicos de leitura, sua origem estaria em 1998, quando foram criados os primeiros leitores digitais, os ebooks readers devices. Todavia se considerarmos e-book todo livros publicado em formato digital, podemos dizer que o surgimento ocorreu em 1971, quando o professor americano Michael Hart iniciou o Projeto Gutemberg, uma biblioteca on-line que disponibiliza ebooks gratuitamente.
Segundo Silva (2002) O livro eletrônico seria teoricamente mais barato que o impresso, pois os custos diretos envolvidos na produção do livro impresso (tinta, papel, etc.) seriam eliminados. Então o custo maior seria com os direitos autorais. De acordo com Velasco (2010) o livro eletrônico “possui todas as características de uma obra impressa com a diferença que está disponibilizada em meio digital.”
Existe, porém, uma discussão a cerca do formato mais adequado para um eBook. O formato mais comum seria o formato PDF (Portable Document Format), que foi criado por Adobe Systems no ano de 1993, que tem como finalidade de garantir que a visualização e impressão sejam de acordo com o que foi desenvolvido, independente de versões ou sistemas operacionais, traz uma proposta interessante, porém questiona-se se é um formato agradável e adequado para leitura. (Iahn; Bentes; Costa, 2009)
A outra opção são serviços na web, também gratuitos, que simulam um livro de papel, um exemplo que o Sistema FIEP utiliza é o inglês yudu acrônimo de you do (faça você), que monta um livro. As páginas podem ser viradas da mesma forma que as páginas de um livro de papel. Assim o livro mantém sua estrutura tradicional de livro de papel, mas de forma digital, não é necessária a instalação de nenhum software no computador, porém, é necessária a conexão com a Internet. (Iahn; Bentes; Costa, 2009)
Para Chartier (1998) “a revolução do livro eletrônico é uma revolução nas estruturas do suporte material do escrito assim como nas maneiras de ler”.